Lisboa - Portugal

Quem me conhece sabe o quanto as características das raízes africanas são visíveis em mim, não só na cor da pele, nas nádegas avantajadas, como também no meu temperamento arretado, contribuição de minha mãe devido a sua origem africana - para quem não sabe, a minha bisavó foi escrava e viveu a glória da abolição. O que muitos não sabem é que, nas minhas veias também corre o sangue português. Por isso, esses caixinhos castanhos, esse nariz fino e esses lábios bem desenhados. Desde pequeno sempre SONHEI em conhecer esse outro lado que fica do outro lado do oceano e depois de 33 anos esse momento chegou: conhecer a origem portuguesa, que corre nas minhas veias. Sempre quis conhecer essa herança deixada pelo meu pai e nada melhor do que viver esse encontro na semana a qual eu comemoro o dia do meu nascimento. Sim, eu sou essa mistura da raça africana e portuguesa, resultado do enlace do nativo e do estrangeiro. Por isso convido vocês, meus amigos a embarcarem junto comigo nessa viagem pelo berço dos descobridores, Portugal, o país mais ocidental da união europeia. 

Primeira parada, Lisboa...

(Fonte: Internet)

Elegante, hospitaleira e moderna, a capital portuguesa pode ser vista, desde as águas do Tejo até as sete colinas sobre as quais esta levantada. O Porto fluvial de Lisboa teve, desde os tempos remotos, um protagonismo considerável. Ate eles chegaram diversos povos do Mediterrâneo atraídos pelas possibilidades comerciais que a cidade oferecia. 

Etimologia: Para Samuel Bochart, um francês do século XVII que se dedicou ao estudo da Bíblia, o nome Olisipo é uma designação pré-romana de "Lisboa" que remontaria aos Fenícios. Segundo ele, a palavra “Olisipo” deriva de "Allis Ubbo" ou "Porto Seguro" em fenício, porto esse situado no Estuário do Tejo (Não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria).

(Praça Do Rossio)

O coração da capital portuguesa é a popular Praça do Rossio, localizada no bairro baixo, conhecido como A Baixa - agora eu entendo de onde vem o termo Cidadr Baixa e Cidade Alta da minha Salvador. O seu real nome é Praça D. Pedro IV, nome do primeiro rei constitucional do país. Logo ali estão as vizinhas Praça da Figueira, com a estátua de D. João I erguida no centro, a Rua Augusta e a famosa Praça do comércio, hoje palco de grandes eventos e manifestações políticas.  Essa calçada nos parece familiar, não acham? 

(Vista área da Rua Augusta/ Fonte: Internet)

(Arco do Triunfo de estilo Luis XIV, entre as ruas principais de Lisboa, vista da Rua Augusta.)

(Arco do Triunfo de estilo Luis XIV, entre as ruas principais de Lisboa, vista da Praça do Comércio)

(Praça do comércio com monumento a D. José I)

 

(Praça do Comércio

(Estátua de D. José I)

Curiosidade: Na gíria popular, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados "alfacinhas". A origem da palavra é desconhecida. Supõe-se que o termo se explica pelo facto de existirem hortas nas colinas da primitiva cidade de Lisboa, onde verdejavam "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina", vendidas na cidade. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa convencionaram tomar por alfacinha um lisboeta.

Uma das regiões que mais me encantou, foi o Bairro Alto, um bairro antigo e pitoresco no centro de Lisboa, com ruas estreitas e empedradas, casas seculares, pequeno comércio tradicional, restaurantes e locais de vida noturna. Construído em plano ortogonal a partir do início do século XVI, conhecido antigamente como Vila Nova de Andrade.  Impossível não me reconhecer, caminhando por entre as ruas e ladeiras do Bairro Alto. Por aqui eu vi tanto do nosso Brasil, que às vezes cheguei a acreditar que estava andando pelo centro histórico da minha Salvador. 

Uma dica: faça um tour por essa região a bordo do charmoso bondinho elétrico 28. O passeio irá custar apenas 6 Euros - o preço do ticket. 

(Castelo de São Jorge vista aérea/Fonte: Internet

Do outro lado está o Bairro Alfama, um dos bairros mais antigos de Lisboa, também cheia de ruelas, com pequenas praças, próximo a uma das arquiteturas mais emblemáticas da cidade, o Castelo de São Jorge, localizado em um dos pontos mais altos da Cidade, construído pelos Romanos, estrategicamente, juntamente com as primeiras muralhas, apesar da atual arquitetura ter o selo árabe. Antes do terremoto que ocorreu em 1755, as famílias mais nobres moraram nesse bairro. 

(Sé de Lisboa

Em uma das saídas desse labirinto peculiar deparamos com a Sé de Lisboa, ou Igreja de Santa Maria Maior. É a sede do Patriarcado de Lisboa e da Paróquia da Sé. A sua construção teve início na segunda metade do século XII, após a tomada da cidade aos Mouros por D. Afonso Henriques, e apresenta-se hoje como uma mistura de estilos arquitetónicos. É classificada como Monumento Nacional desde 1910. um imponente monumento arquitetónico com aspecto de fortaleza que uni os estilos romântico e gótico. 

Bem pertinho da li estão um dos mais famosos prontos turísticos de Lisboa; o Monumento aos Descobridores e a Torre de Belém. 

(Monumento dos Descobrimentos) 

Monumento dos Descobrimentos é um dos cartões-postais de Lisboa, localizado às margens do Rio Tejo e um lugar imperdível. O monumento é um símbolo do passado glorioso que o país teve na época das grandes navegações, sendo uma grande homenagem aos navegadores portugueses e que retrata alguns dos incentivadores, poetas, navegantes e outros personagens que fizeram parte dessa importante história. O Padrão dos Descobrimentos foi erguido em 1960, no bairro de Belém, em Lisboa. O monumento foi pensado pelo arquiteto português Cottinelli Telmo para imortalizar Infante Dom Henrique e seus colaboradores e seguidores no plano de desbravar o além-mar. 

(Um mapa retratando a travessias das caravelas rumo às Américas foi desenhado aos pés do monumento como um imenso tapete)

(Torre de Belém, localiza-se na freguesia de Belém, concelho e distrito de Lisboa, em Portugal

Um dos "ex libris" da cidade, a Torre de Belém,  é um ícone da arquitectura do reinado de Manuel I de Portugal, numa síntese entre a torre de menagem de tradição medieval e o baluarte moderno, onde se dispunham peças de artilharia. Segundo à Wikipedia, ao longo do tempo, a torre foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação Filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e, finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas. A Torre de São Vicente (1514) pertence a uma formação de defesa da bacia do Tejo mandada erigir por João II de Portugal, composta a sul pela torre de São Sebastião da Caparica (1481) e a oeste pela Torre de Santo António de Cascais (1488).

(Torre de Belém

O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna). Classificada como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde 1983, foi eleita como uma das Sete Maravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.

Curiosidades: Em 2015, a Torre de Belém foi visitada por 608 mil turistas.

História;

Em 1495 O Rei D. Manuel torna-se uma figura importante do comércio internacional, visto que Vasco da Gama e posteriormente Álvares Cabral estabelecem rotas marítimas com a ÍndiaGoa e MalacaÁfrica e Brasil, trazendo e oferecendo produtos exóticos. Essas experiências e conhecimentos levam à definição das características do estilo Manuelino, representado nos seus monumentos. Portugal está associado muito especialmente ao estilo manuelino, designação adquirida pelas obras decorrentes no reinado de D. Manuel I, entre 1495 e 1521. De alguma maneira esse estilo, segundo o autor, advém de contaminações do estilo Isabelino de Espanha, elaborado e ostentativo. A Torre de São Vicente é um exemplo de transição entre a arquitetura da Idade Média e o Renascimento, de uma forma consonante aliada à boa maneira Manuelina, a massa de uma recuada torre quadrangular de índole medieval, com aproximadamente trinta metros de altura, num corpo avançado de "embasamento" e base, reforçando a horizontalidade e abraçando a forma hexagonal irregular, com quarenta metros de comprimento, orientados para sul e para o Tejo, visando desarmar com as suas baterias de fogo, colocadas no baluarte "acasamatado", qualquer tentativa de assalto por via marítima.

Que delicia que foi poder comemorar o #Bday nesse país onde tudo começou e que deu origem a tudo que eu sou. E as comemorações do #BdayDubaiano não param por aqui. No próximo post você irá ver o relato acerca da vista que o Dubaiano fez a um pequeno vilarejo medieval chamado Óbidos.  Aguardem. 

 

Ate breve Lisboa! 

 

 

Paulo Daltro

 

 

 

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