10 horas em Atenas, Capital da Grécia.

20/08/2014 18:48

Um dia em Atenas: o Dubaiano navegou pelo mar Ergeu, conheceu um dos mais importantes sítios arqueológicos da antiguidade: a Acrópole de Atenas, composta pelos Propileos, os templos Parthenon, Eréction e Atenas Niki, experimentou a culinária local e visitou museus em apenas um dia!

                 (Vista do hotel) 

Viajar é sempre bom. Chegar a um lugar que é o principal centro cultural e intelectual do Ocidente, é no mínimo muito curioso. Levar vocês, leitores, para viajarem comigo através das lentes do meu iphone é uma missão muito bacana e eu adoro. Dessa vez o destino será Atenas, a capital da Grécia.

Atenas é, ao mesmo tempo, uma das mais antigas cidades do mundo e uma das mais modernas da Europa. Um dos marcos para essa percepção foi a Olimpíada de 2004, que fez com que a capital da Grécia se modernizasse para receber os turistas. Entre as benfeitorias, o governo construiu um novo aeroporto internacional, o Elefthérios Venizélos, em 2001, além de prédios e estádios com uma arquitetura moderna de dar inveja a qualquer outra cidade europeia. As placas de sinalização ganharam inscrições no alfabeto ocidental. O destino é um dos mais desejados pelo Dubaiano mesmo antes de me formar como Educador Artístico, eu já sonhava em conhecer Atenas - eu sou fascinado por historias mitológicas e passar pelo centro onde estão os monumentos históricos e ter estado no berço da civilização ocidental me deixou extasiado. Você acredita que há locais que datam de mais de 800 anos antes de Cristo?! Nem eu sabia.

Contam pontos sua história, mas também suas belezas naturais (como suas ilhas e praias) e sua imponente arquitetura. Outro motivo de curiosidade é a sua mitologia, bastante valorizada e estudada. Ou seja: mais um motivo para se ter certeza que a história da Grécia não diz apenas respeito aos gregos, mas também a várias outras nacionalidades, uma vez que muitas situações que hoje vivemos e estudamos tiveram origem naquele país.  A herança está ainda no idioma, já que muitas palavras em português, por exemplo, se derivam do grego. Bom, mais minha MINHA MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL era  conhecer um pouco desses lugares fascinantes, em apenas um dia - 10 HORAS - porque logo em seguida eu partiria para Mykonos.

            
Assim que o dia raio, eu fui visitar a exposição permanente no Museu da Acrópole. Logo na entrada eu dei de frente com um chão de vidro, dá para ver que embaixo do prédio erguido há ruínas de uma cidade pré-histórica. É lá onde estão as esculturas do Parthenon e outras descobertas de escavações. Uma vez no museu, preste atenção ao vídeo que conta a história do próprio Parthenon. A reconstituição dá conta que até bem pouco tempo atrás, por volta de 1600 da Era Cristã, o monumento era do jeito e da forma como fora concebido, no ano 800 a.C. No entanto, as constantes invasões persas e turcas destruíram o local. O interior das estações de metrô também pode ser considerado um museu. Isso porque, à medida que aconteciam as escavações, o que foi encontrado da Antiguidade foi deixado para exibição. Também são obrigatórios passeios por Plaka, local onde viveram pessoas séculos antes de Cristo, além de mesclar com os costumes gregos atuais.


Ao meio- dia eu dei uma paradinha no bairro manatiskovi. Esse bairro que fica no oeste da Acrópole, eu encontrei vários restaurantes e lojinhas de suvinir. Vale lembrar que no verão o calor é insuportável por isso achei melhor esperar a temperatura baixar para então continuar com o tour. Nos comemos uma salada grega e um prato enorme de carnes mixadas. O meu companheiro de viagem pediu um cerveja local, Mythos, bem geladinha. Aqui sempre antes de uma refeição eles sevem dois tipos de pães e agua, bastante agua por causa do calor. 
Depois do almoco seguimos para Acrópole.


            

Como todos nos sabemos, Atenas é um dos maiores centros mundiais para a pesquisa arqueológica, uma vez que possui inúmeros sítios arqueológicos localizados no próprio centro urbano da cidade. Dentre eles se destaca a Acrópole, e foi para la que eu fui, depois da visita ao Museu. Esse é o antigo centro sagrado da cidade, célebre em todo o mundo tanto por sua relevância histórica como pelas ruínas de edifícios clássicos importantes, o Partenon e o Erecteion.

            

          
Na Acrópole (que significa Cidade Alta), eu visitei o Parthenon; O monumento atual foi construído sobre as ruínas do anterior, destruído pelos persas. O templo foi concebido pelos arquitetos Ictinos e Calícates, bem como pelo artista e escultor Fídias, com supervisão de Péricles. Em ruínas, o Parthenon está descoberto (sem teto) e, desde muito tempo, é possível ver guindastes trabalhando no local. Ainda que não se possa entrar no templo, lá havia uma estátua da deusa Atena feita de marfim e ouro. Boa parte das peças que restaram está exposta no British Museum, em Londres.



O Erecteion, também conhecido como Erectêion ou Erectéion é um templo grego consagrado a Atena, Hefesto e Erecteu (mítico rei ateniense) que se conserva na Acrópole de Atenas. Foi construído entre 421 a 406 a.C., por Mnesicles. É tido como o mais belo monumento em estilo jônico, a despeito das singularidades do seu plano e elevação, que se têm explicado pela necessidade de contrabalançar discretamente o Partenon e de reunir diversos santuários primitivos, tendo em atenção as lendas do local, onde havia uma fonte de água salgada e uma oliveira, que se diziam dádivas de Poseidon e de Atena, na sua luta pela posse da cidade. Possui duas celas individuais, e irregulares, devido à diferença de terreno e três pórticos desiguais.



O Odeão de Herodes Ático é um antigo teatro localizado na vertente sul da Acrópole de Atenas, na Grécia. Foi construído por Herodes Ático, de importante família ateniense, para comemorar a memória de sua falecida esposa Regilia. As obras começaram possivelmente em torno de 174. Quando intacto o Odeão era uma estrutura coberta, e podia receber até 5 mil espectadores. O vão da plateia (koilo) tem 76 m de diâmetro, e foi escavado na rocha da colina. Os assentos eram de mármore branco, divididos em duas seções por um corredor. A orquestra tem 19 m de diâmetro, e o cenário, de três níveis, chegava a 28 m de altura, com diversas prótases (pórticos em projeção) com colunas, e nichos para estatuária, sendo ladeado por escadarias, e com uma galeria (metaskenio) voltada para o exterior, revestida de mosaicos, detalhe repetido na decoração das entradas.

     (vista de baixo)

À sua entrada havia estátuas dos faraós da dinastia ptolemaica, como Ptolemeu Filadelfo, acompanhado de uma estátua de sua irmã Arsínoe. Depois destas estátuas havia estátuas de Filipe, Alexandre e Lisímaco, não por respeito, ou porque eles beneficiaram Atenas, mas para conseguir vantagens imediatas. A construção do teatro foi muito custosa, tanto pelos materiais nobres, como o mármore e o cedro, quanto pelas técnicas construtivas avançadas empregadas na cobertura, de 38m de diâmetro, que não tinha fixação interna, algo raro mesmo nos dias de hoje.

(Vista do alto)


Na invasão dos hérulos de 267 o teatro foi arrasado, e jamais foi restaurado. Mais tarde sua estrutura foi incorporada às muralhas de Atenas. Com o passar dos séculos suas partes inferiores foram cobertas de entulho, o que fez com que o viajante italiano Niccolo da Martini imaginar que se tratava de uma ponte. No século XIX foram iniciadas escavações, removendo toneladas de terra, uma restauração foi levada a cabo nos anos 50, e desde 1957 voltou a ser usado para apresentações e festivais.



Esse é Teatro de Dioniso. Ele estar localizado aos pés da Acrópole. O teatro foi o mais importante dos teatros da Grécia antiga, é considerado o berço do teatro ocidental e da tragédia. Seu nome é devido a Dioniso, deus do vinho. Nas grandes festas anuais em sua honra é que os cantos rituais, as danças e os sacrifícios rituais resultaram em representações teatrais. Foi lá que foram apresentadas as célebres tragédias clássicas de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes - ter estado nesse lugar que tanto venero, é simplesmente mágico.





De la seguimos para Sounio. Segunda a lenda, Sounio é o local em que Egeu, o então rei, se afogou no mar após crer que seu filho Teseu havia sido morto pelo Minotauro. A partir disso foi o seu nome que passou a batizar um dos mares que banham a Grécia: Egeu. Uma vez no local, visite o templo de Pôsseidon, construído no ano 440 a.C. (e destruído pelos persas 40 anos depois) no estilo dórico. E não saia sem admirar a vista de todos os lados: a cor do mar é incrível e foi por esse mar que eu deixei a cidade de Atenas em direção a Mykonos - a ilha da magia!  

Serviço:

Para chegar lá, saia de Thission, no centro de Atenas, e pegue o ônibus da linha verde, que parte a cada meia hora rumo a Sounio.

Contato

DuBaiano (11) 98260-7622 Dubaiano@Icloud.com